segunda-feira, 30 de maio de 2016

Sapata Corrida: Conclusão


SAPATA CORRIDA: Conclusão




Após acompanhamento da obra, o grupo observou com mais precisão as vantagens de se utilizar a sapata corrida como fundação rasa.
Como já foi demonstrado nos posts anteriores, a referida fundação é de simples utilização, tem um tempo de execução relativamente baixo (se comparado a fundação profunda), e em conjunto a alvenaria estrutural, obtém uma aceleração no processo estrutural, pois não se tem a utilização de vigas e pilares, com isso o único elemento que necessitará aguardar o tempo de cura é na própria Sapata Corrida.
Nesta obra em questão, o grupo observou a montagem dos elementos estruturais, onde utilizou-se elementos pré-moldados, como lajes e escadas, de forma que, após alvenaria atingir a cota de projeto, apenas içam os outros elementos e os encaixam nos locais necessários para realizar a fixação, um método simples que utiliza-se poka-yokes para não ocorrer problemas construtivos, desprezando assim, como já citado, a necessidade de tempo de cura, pois enquanto executam a alvenaria estrutural, em paralelo é realizado a montagem das lajes e escadas, obtendo-se assim, duas frentes de trabalho, sem a necessidade de aguardar uma etapa para execução de outra.
Segue abaixo um vídeo, de um processo semelhante, obra que foi executada na China em dezembro de 2011 que demonstra as variadas frentes de trabalho, trabalhando paralelamente e por fim apenas a montagem:




Nesta obra da China, devido ao peso da estrutura foi utilizado fundação profunda, e pode-se observar as estruturas utilizadas sendo metálicas, o comparativo do vídeo não se relaciona aos elementos estruturais utilizados, mas sim, como é possível elaborar várias frentes de trabalho paralelamente, para agilizar o tempo construtivo, ou seja, o comparativo na fase de planejamento de obra, que pode arre catar em redução de custo na obra, e agilidade no processo construtivo.

O Grupo estudantil visitou a obra durante um período de um mês onde foi executado 20 (vinte) edifícações de 02 (dois) pavimentos neste período.



Grupo:

André Ap. Ferrari
Andreas Aquino
Laísa Moura
Silas Tarifa
Vanderson Alexandre Silva






quarta-feira, 25 de maio de 2016

Etapas Finais de Execução: Concretagem



SAPATA CORRIDA: ETAPAS DE EXECUÇÃO




3º Etapa:



Depois de posicionar a armadura na vala (imagem 1*), começa a concretagem (imagem 2 e 3*), adensando bem o concreto com barra de aço após o lançamento de cada lata. Para eliminar bolhas de ar, utilize um vibrador e alise a superfície com uma colher de pedreiro. O procedimento de cura úmida do concreto segue por três dias. 
Para manter a umidade constante, é preciso molhar com água, sem encharcar, duas vezes ao dia, em média. Se o clima estiver muito quente e muito seco, pode ser necessário adicionar água outras vezes.


(Imagem 1): Armadura Posicionada Aguardando Concretagem


(Imagem 2): Inicio da Concretagem.


(Imagem 3): Aluno do Grupo estudantil acompanhando a Concretagem.



Após 24 horas de realizada a concretagem, já é possível iniciar a execução da alvenaria de embasamento, assentando sobre a sapata os blocos de concreto, com argamassa de assentamento. Um nível ou mangueira transparente farão a checagem nos cantos. Após os três dias, as fôrmas são retiradas e executa-se uma cinta de amarração, na última fiada da alvenaria de embasamento, antes da parede da casa. É preciso impermeabilizar o baldrame, por fim (imagem 4*).



(Imagem 4): Corte no Pavimento Demonstrando Sapata Corrida Após Concretagem.


Considerações Finais:


Com isso finaliza-se a Etapa de Execução da Sapata Corrida, e inicia-se a estrutura através da alvenaria estrutural.
O grupo estudantil acompanhou a obra durante todo o processo executivo da Sapata Corrida, e observou as estruturas já executadas no entorno da referida vala escavada (imagem 5), onde obtiveram vasto aprendizado não apenas no processo executivo da fundação como em todas as etapas da obra.
Para próxima postagem, será citado os benefícios observados pelo grupo na utilização da referida fundação.


(Imagem 5): Alvenaria Estrutural  executada próxima a referida Fundação

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Primeiras Etapas de Execução: Abertura de Vala e Armação da Sapata Corrida



Sapata Corrida: Etapas de Execução




Neste post, será comentado as etapas de execução da sapata corrida, algumas verificações a serem feitas por etapa e ilustração para melhor demonstrar as executadas.

1º Etapa:



A sapata corrida é fundação contínua que recebe a carga das paredes e apoia-se diretamente sobre o terreno. Têm formato de viga e pode ser feita de concreto simples ou armado, solo-cimento e canaletas. Construída sobre uma camada de concreto magro, a sapata corrida com blocos de concreto tem dimensões que dependem do porte da obra. Primeiro passo para sua execução é abrir uma vala (imagem 1)* de 20 cm de largura além da espessura das paredes que serão construídas.



(Imagem 1): Escavação da Vala com auxílio de Retroescavadeira.


A largura total da vala não deve ser inferior a 40 cm, nem deve ultrapassar um metro (imagem 2)*.Se o terreno for inclinado, a vala deverá ser cortada em degraus, considerando uma linha imaginária de 10% de inclinação.



(Imagem 2): Grupo de Estudantes Analisando dimensões da vala Escavada.


2º Etapa:


Depois, é preciso amassar o fundo da vala, para que sua superfície fique compactada e uniformizada. Em seguida, piquetes são cravados ao longo de sua extensão – eles servirão de referência para que o lastro de concreto fique nivelado e uniforme. Na sequência, é jogada uma camada de 10 cm de brita no fundo da vala, que será bastante socada, até que penetre na terra (Imagem 3)*.

(Imagem 3): Ilustração de compactação da brita.


Paralelamente, é montada a armadura, posicionando os estribos, que ficam amarrados em barras horizontais com arame recozido, no espaçamento determinado pelo projetista. As fôrmas da sapata também são preparadas, com tábuas, sarrafos e desmoldante. Depois se posiciona a armadura na vala (imagem 4 e 5)*.




(Imagem 4): Ilustração de Posição da Armadura.



(Imagem 5): Vala com manta impermeabilizante ao fundo, já nivelada e com armadura posicionada.


Com isso, finaliza-se as etapas de preparação de vala e armação da Sapata Corrida (imagem 6)* e inicia-se a etapa de concretagem, tema da próxima postagem.



(Imagem 6): Grupo de Estudantes com vala escavada ao fundo, vala com piquetes e armadura posicionada, aguardando concretagem.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Introdução: Fundações e Sapata Corrida


Fundações


Fundações: A definição de fundações consiste no elemento estrutural que executa a função de transmitir a carga de toda a estrutura ao solo sem que provoque a ruptura do terreno de fundação ou do próprio elemento de ligação, cujos recalques sejas satisfatoriamente absorvidos pelo conjunto da estrutura. Há dois tipos, e um deles é chamado de fundação superficial, rasa ou direta, que é definida pela NBR 6122/2010 como: “elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação.” Uma das maneiras de fundação superficial é a sapata.
Sapata de Fundação: A Sapata de fundação é uma base de concreto que procura suprir as necessidades descritas na definição de fundação. Definida pela NBR 6122/2010 como um “elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim.”
Quando tratamos de sapatas, há quatro tipos: Sapata Isolada, Sapata Corrida, Sapata associada e viga alavanca/viga de equilíbrio. As duas primeiras podem ser classificadas ainda como rígidas ou em flexíveis.
Neste caso blog será comentado sobre a Sapata Corrida, suas aplicações e acompanhamento de um grupo de estudantes do 9º semestre acompanhando a execução.

Definição:


– Sapata Corrida: Esse tipo é empregado normalmente para receber as ações verticais de muros, paredes e elementos alongados que transmitam carregamento uniformemente distribuído numa só direção. Sua dimensão é a mesma de uma laje armada em uma direção. Não é necessária a verificação da punção em sapatas desse tipo por receberem ações em focos distribuídos. Pelo fato de as bielas de compressão serem íngremes, tensões de aderência elevadas na armadura principal acabam aparecendo, o que pode acarretar na ruptura do concreto de cobrimento, gerando fendas, essas que podem ser evitadas com diâmetros menores para as barras e espaçamentos menores entre elas. Sua execução é de nível fácil e não é necessário muito esforço, tendo seus poços cavados até mesmo à mão, dependendo pro projeto arquitetônico, e de fundura rasa. Normalmente executado com concreto ciclópico, que é concreto + pedra de mão. Segue as paredes da edificação.






Mas qual a diferença entre Sapata Corrida e Vigas Baldrame ?

O baldrame é o tipo mais comum de fundação. Constitui-se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de concreto simples ou armado construída diretamente no solo, dentro de uma pequena vala. É mais empregada em casos de cargas leves como residência construídas sobre solo firme. O alicerce é a base que sustenta a casa, dá solidez e transmite para o terreno toda carga (pêso) da casa (paredes, lajes, telhados,etc.). Um alicerce bem feito evita o surgimento de trincas nas paredes, evita o surgimento de umidade na parte de baixo das paredes.
A sapata é preferida onde o baldrame não é recomendado, quer pelo peso do prédio ou pela baixa resistência do solo. A sapata é um bloco de concreto armado construído diretamente sobre o solo dentro de uma escavação. Isto acontece quando o peso da casa é grande (como em sobrados) ou quando a casa é construída em terrenos fracos. Neste caso deverá ser adotada a sapata como fundação. A sapata pode ser do tipo SAPATA CORRIDA ou SAPATA SIMPLES.
A sapata corrida é contínua, isto é, percorre todo o comprimento da parede. A vantagem no custo da sapata corrida é que ela pode ser confeccionada em alvenaria e não necessita de vigas e pilares para a sustenção do peso da parede e do telhado, porém vale ressaltar que a alvenaria deve ser toda com tijolo maciço, com amarrações entre as paredes em “L” e “T”, com forro de gesso, estuque ou lambril, em caso de vãos pequenos podendo até utilizar laje pré.


A desvantagem no custo da sapata simples em comparação a sapata corrida, é que ela necessita de baldrames, vigas e pilares (colunas) para fazer a distribuição e a concentração do peso das paredes, laje e telhado, porem é o tipo de fundação que proporciona maior resistência em casos de moradias com mais de um pavimento (sobrados).